segunda-feira, 5 de setembro de 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

terça-feira, 8 de setembro de 2009

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


crítica rápida "A História da Eternidade de Camilo Cavalcante

A História da Eternidade
A rota rente do tempo na carne do mundo
Ivan Ferreira

Em A História da Eternidade (2003) Camilo Cavalcante mais uma vez exercita o seu rigor poético e operístico, convidando-nos a uma adesão sensorial imediata à epiderme dessa obra contundente. São traduções posicionadas no interstício entre o particular e o universal. Permanecemos atônitos com seu realismo crítico, sua interdição do real. Com sua textura árida, esse filme errante expressa a austeridade desse cineasta, que nos coloca diante da carne viva do mundo com sua angústia gráfica, grave e circular. Seus códigos, urdidos de forma precisa num plano seqüência forjado, emaranham-se na tez do incômodo, evocando o espectador, lançando-o numa catarse ininterrupta. Suas imagens latejam para todos os lados sobre o signo do tempo e seus descaminhos. O filme se situa na fronteira, nos intervalos entre a narrativa e a própria contemplação das imagens, entre a experiência sinestésica de sua plasticidade e a crueza dos seus sentidos possíveis. Tudo nesse filme grita luz e a escassez do acaso pulsa de forma lírica e dolorosa no calor das horas que se passam. É uma obra áspera que se redesenha numa fluidez intermitente do sagrado e do telúrico com sua corporalidade tenaz e arredia. Um trabalho que nos atinge de forma frontal. Nenhum espectador sai incólume ao seu viço.

SER PAI É UMA TIPO DE RELIGIÃO QUALQUER

Pulsações da Sombra

Pulsações da Sombra
A TEZ E A LUZ